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16/06/2023
INQUÉRITO AOS ASSOCIADOS

INQUÉRITO AOS ASSOCIADOS

A APEGAC promoveu um inquérito aos seus associados, ao qual responderam cerca de 30% das empresas, o que é um número que permite fazer uma análise estatística credível, de amostragem sobre as matérias em causa.

Paralelamente foi realizado um estudo setorial a todas as empresas do setor, que já foi divulgado, com o qual fazemos a respetiva comparação sobre matérias coincidentes.

Do inquérito resulta claramente que cerca de metade das empresas associadas (47,7%) faz a administração de menos de 1.250 frações, o que dará uma média de cerca de 50 condomínios por empresa, sabendo-se que muitas destas empresas não farão a administração de mais de 30 condomínios, especialmente aquelas que estão no mercado há menos tempo. Empresas que fazem a administração entre 1.250 e 2.500 frações são 24,6%. Isto permite concluir que 72,3% das empresas serão de pequena dimensão, sendo de apenas 7,7% a percentagem de empresas que fazem a administração de condomínios que representam mais de 5.000 frações.

O estudo setorial mostra-nos que as empresas de administração de condomínios gerem, em média, 1200 frações, destacando-se a região norte com cerca de 1470 frações, como máximo, e o Alentejo com cerca de 950 frações (valor mais baixo). Mostra ainda o estudo que mais de 61% das empresas gerem entre 101 e 1500 frações, o que só reforça que o tecido empresarial deste setor é constituído por microempresas.

O volume de faturação das empresas associadas é maioritariamente (mais de 52%) inferior a 100.000 euros por ano, sendo 33,9% as que faturam abaixo de 50.000 euros. O estudo setorial aponta para 62,6% com volume de negócios abaixo dos 100.000 euros, justificando-se a diferença percentual entre o inquérito aos associados e o estudo, pelo facto dos associados serem, maioritariamente, empresas com mais anos de atividade e também porque 55,8% das empresas que responderam ao estudo terem outra atividade para além da administração de condomínios.

Com o inquérito, pretendemos também perceber qual o volume de negócios que os condomínios podem gerar de gestão corrente (excluindo obras). O resultado mostra-nos que 76,9% administram condomínios que gerem menos de 1 milhão de euros e que apenas 7,5% fazem a administração de condomínios que gerem negócio superior a 4 milhões de euros. Das primeiras empresas, são 60% as que têm condomínios que geram até meio milhão de euros. Com isto é possível concluir-se, por amostragem e tendo em conta que só 30% das empresas associadas responderam ao inquérito, que estas (empresas associadas) administram condomínios que geram um volume de negócio anual, apenas de gestão corrente, superior a 400 milhões de euros. Extrapolando para todo o setor, será muito superior a 800 milhões de euros o volume de negócio gerado com a gestão corrente dos condomínios (repete-se: excluindo as obras).

Um dos problemas dos condomínios prende-se com a cobrança das prestações aos condóminos. Por isso, o inquérito pretendeu saber qual o valor médio em dívida, se as medidas impostas pela última alteração ao regime da propriedade horizontal surtiram algum efeito e qual o tempo médio para remeter as cobranças para contencioso.

Em relação à primeira situação, 56,9% das empresas associadas têm menos de 50.000 euros (por empresa) de prestações vencidas dos seus condóminos e cerca de 28% entre este valor e os duzentos mil euros. De realçar que 7,7% das empresas têm quotas vencidas de valor superior a 800.000 euros cada.

Quanto ao impacto das alterações ao regime da PH, cerca de 50% das empresas responderam que não teve qualquer efeito, enquanto 29,6% diz que o valor dos débitos dos condóminos diminuiu, o que se deverá à necessidade de apresentação no ato da escritura de compra e venda da declaração para efeitos de alienação de fração.

O tempo médio para remeter as cobranças para contencioso é, maioritariamente, entre 6 a 12 meses (41,54%), havendo algumas empresas (23,1%) que aguardam um ano ou mais e sensivelmente a mesma percentagem que atua entre os 3 e os 6 meses.

Ficamos também a saber que apenas 23% das empresas associadas cobram honorários pela emissão da declaração para efeitos de alienação da fração e que destas, cerca de 50% cobra entre 15 a 25 euros e 40% entre 25 a 40 euros, ficando os restantes 10% repartidos de igual forma entre quem cobra menos de 15 euros e quem se faz pagar por mais de 40 euros por declaração.

Por último, procuramos saber qual o software de gestão que é utilizado pelas empresas associadas, chegando-se à conclusão que a grande maioria (72,3%) é cliente da Improxy, com o programa Gecond, ficando em segundo lugar a Go-Condomínios (12,3%) e em 3º lugar a GC Soft (3%).

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