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Eletrificar o parque edificado. O grande desafio da reabilitação urbana.
Não se pode pensar em reabilitar o nosso edificado sem pensar na reabilitação energética, tendo em vista a sua descarbonização.
É evidente que precisamos de mais habitação, mas também precisamos de contribuir para uma habitação condigna, que permita qualidade de vida às pessoas, intervindo no edificado mais antigo.
Na União Europeia mais de 35% do edificado tem mais de 50 anos, que é quase a mesma percentagem das emissões de gases com efeito de estufa associado aos edifícios.
Esta realidade necessita de ser urgentemente contrariada, até porque, numa perspetiva de construir mais barato, ainda se continuam a construir edifícios que não estão de acordo com os parâmetros traçados para a descarbonização.
O administrador profissional de condomínios, nos quais vive metade da nossa população, é primordial para que se consigam atingir as metas da eficiência e desempenho energético do edificado.
É importante dotar os profissionais deste setor de conhecimentos e ferramentas que o sensibilizem para levar por diante esta tarefa, que esbarra em primeira linha com a dificuldade financeira das famílias.
Sem dinheiro não há obras de reabilitação e ficaremos longe de alcançar os objetivos que o próprio governo português se propôs. Por isso, cabe ao estado sensibilizar e criar linhas de apoio que sejam um incentivo à renovação energética, de forma simplificada.
A APEGAC está apostada em sensibilizar e preparar os profissionais do setor, mas, sendo realista, sem sensibilização dos proprietários e sem programas de apoio, 2050 estará muito mais longe dos que os 25 anos que temos pela frente.
O debate do dia 26 de fevereiro na SRUL será um momento importante para discussão deste assunto, com destaque para a presença como orador, do Dr. Vitor Amaral, Presidente da APEGAC.
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