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06/11/2021
SOCIEDADE PONTO VERDE, 25 ANOS DE RECICLAGEM EM PORTUGAL

SOCIEDADE PONTO VERDE, 25 ANOS DE RECICLAGEM EM PORTUGAL

A história da reciclagem em Portugal não se pode dissociar da Sociedade Ponto Verde  . A entidade promove a recolha seletiva, a retoma e a reciclagem de embalagens e junto dos agentes da cadeia valor das embalagens promove o desenvolvimento de embalagens que sejam mais sustentáveis e com maior potencial de reciclabilidade.

Verde, azul e amarelo. As três cores dos ecopontos entraram na vida dos portugueses há 25 anos. Para assinalar esta data, a Sociedade Ponto Verde (SPV) decidiu reciclar um dos ícones que há 20 anos ensinou como em apenas 1 hora e 20 minutos era possível a qualquer pessoa aprender a separar o lixo em casa e começar a reciclar. A campanha do chimpanzé Gervásio foi um sucesso. “Se o Gervásio consegue, tu também consegues”, foi a mensagem principal desta campanha.

Passados 20 anos, o chimpanzé Gervásio regressa com uma nova versão, em animação 3D, para reforçar a mensagem “inovar, evoluir, reciclar.” A ideia é sensibilizar as novas gerações para as boas práticas da reciclagem. Para facilitar a comunicação e tirar todas as dúvidas que possam existir com a reciclagem, a SPV lançou um canal de WhatsApp com o Gervásio.

A coordenadora da área de Marketing & Comunicação da Sociedade Ponto Verde, Teresa Cortes, refere que “o português já participa na reciclagem de embalagens, dentro do seu contexto de lar. O principal fator para ter mais e melhor participação é a conveniência da reciclagem. Se facilitarmos a vida na reciclagem, um ato que é pedido que seja feito de forma gratuita, a adesão é maior.”

Inovação para o setor das embalagens

A divulgação de boas práticas na reciclagem não está limitada ao consumidor final. As empresas desempenham um importante papel. É para elas que “a plataforma online Ponto Verde Lab disponibiliza conhecimento sobre o que podem fazer para criar melhores embalagens. Sinalética, rótulos, materiais, densidade, tudo está disponível no site do Ponto Verde Lab”, explica Teresa Cortes.

No âmbito da transição para uma economia circular e na rota da neutralidade carbónica, a estratégia de atuação da SPV assenta na articulação entre um alargado leque de parceiros, numa lógica de cadeia de valor para os seus acionistas e clientes, garantindo o cumprimento das suas responsabilidades num contexto de maior eficiência e eficácia do sistema.

Como suporte à sua estratégia, a SPV impulsiona a adoção das melhores práticas na conceção das embalagens em termos de prevenção e reciclabilidade, estimula processos inovadores de recolha seletiva e de reciclagem, e ainda a incorporação de matérias-primas secundárias em produtos de valor acrescentado, com impactos substantivos no uso eficiente de recursos.

A plataforma Ponto Verde Lab desafia os agentes da cadeia de valor das embalagens a desenvolverem embalagens que sejam de raiz mais sustentáveis e com maior potencial de reciclabilidade após o consumo. Começou por ser uma área essencialmente de prevenção que, tendo em conta a importância crescente da inovação em toda a cadeia de valor da reciclagem, vai também passar a agregar os projetos de investigação e desenvolvimento da SPV. A inovação, que é central em toda a estratégia da transição verde, vai desde a procura de embalagens “eco-friendly” até ao consumo de produtos com menos impacto no ambiente, passando pela reutilização de embalagens.

Assim, às suas já habituais preocupações – estética, ergonomia, facilidade de produção, custo, segurança, qualidade, funcionalidade e os requisitos legais – esta plataforma incorpora os princípios do ecodesign, para garantir um design sustentável que beneficie a reciclagem, reunindo um conjunto de recomendações para a otimização dos processos de estudo, desenvolvimento e produção de embalagens e agrega-as em “pack4recycling”. Além da plataforma, a SPV tem também uma equipa dedicada a prestar apoio técnico às marcas, para que apliquem os melhores princípios no desenho e conceção das suas embalagens.

Redução e reciclabilidade

O Ponto Verde Lab pretende ser um contributo efetivo para os objetivos definidos nas estratégias de prevenção, inovação, investigação e desenvolvimento. Segundo a diretiva relativa a embalagens e resíduos de embalagens, entende-se por prevenção a diminuição da quantidade e da nocividade para o ambiente de materiais e substâncias utilizadas nas embalagens; embalagens e resíduos de embalagens, a nível do processo de produção e nas fases de comercialização, distribuição, utilização e eliminação.

As embalagens não são consideradas apenas como um simples recipiente que acondiciona um determinado produto. Pelo contrário, estão associadas a uma evolução constante, de forma a responder eficazmente às exigências de todos os intervenientes, ao longo do seu ciclo de vida. Para tal importa, entre outros aspetos, avaliar em detalhe a escolha de materiais e processos produtivos, a conjugação de componentes, forma e o volume da embalagem e o tipo de produto que é embalado. É de extrema importância combater situações de excesso de embalagem, tendo sempre em consideração o perigo do subdimensionamento.

Caso a embalagem não seja suficientemente robusta ou não proporcione a devida proteção (química, biológica e/ou mecânica) ao longo de toda a cadeia de distribuição e consumo, poderá atingir o ponto de rutura. Esta situação causaria a perda ou a inutilização do conteúdo, assim como da própria embalagem, gerando efeitos negativos acrescidos, tanto a nível económico como ambiental.

A estratégia para a prevenção desenvolve-se, por isso, em duas vertentes: a redução e a reciclabilidade. O eixo de atuação da “redução” inclui as medidas de redução do peso unitário da embalagem; melhoria na relação do peso da embalagem e do seu conteúdo e a não utilização de embalagens supérfluas. No eixo de atuação da “reciclabilidade” fazem parte as medidas de utilização de materiais com maiores possibilidades de valorização/reciclagem; incorporação de matérias-primas recicladas ou com certificados de gestão sustentável e a melhoria qualitativa da embalagem de forma a minimizar o seu impacto ambiental.

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