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JUROS DE EMPRÉSTIMOS ÀS EMPRESAS MANTÊM NÍVEIS HISTORICAMENTE BAIXOS
Desde o início do ano, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a empresas manteve a tendência de descida observada desde 2012, mas permanece acima da média da área do euro.
Os bancos reduziram em agosto o montante de novos empréstimos a empresas, mas as taxas de juro mantiveram-se em “níveis historicamente baixos”, informa o Banco de Portugal.
Em agosto, foram entregues pelos bancos 2017 milhões de euros em novos empréstimos a empresas, dos quais 1207 milhões de euros corresponderam a empréstimos de montante igual ou inferior a 1 milhão de euros. O número global ficou aquém dos 2655 milhões entregues em julho e dos 2098 milhões correspondentes a agosto do ano anterior.
A taxa de juro média dos novos empréstimos a empresas manteve-se em níveis historicamente baixos: 1,91% em agosto, valor abaixo do registado em julho de 2021 (2%) e em agosto do ano passado (1,98%). Desde agosto de 2016 só há registo de três meses em que esta taxa de juro foi inferior à de agosto deste ano. Estão em causa o passado mês de junho (1,8%), fevereiro (1,71%) e junho de 2020 (1,56%).
“Desde o início do ano, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a empresas manteve a tendência de descida observada desde 2012, mas permanece acima da média da área do euro”, escreve a instituição liderada por Mário Centeno (na foto).
A análise por classe de montante mostra que a taxa de juro dos novos empréstimos de montante inferior ou igual a 1 milhão de euros subiu para 2,22% e a taxa de juro dos empréstimos de montante superior a 1 milhão de euros desceu para 1,46%.
Os novos empréstimos aos particulares saíram-lhes mais caros em agosto. Os bancos concederam 1861 milhões de euros de novos empréstimos a uma taxa de juro média de 2,39%, superior ao registado em julho deste ano (2,28%) mas inferior ao registado em período homólogo (2,75%).
Já os empréstimos concedidos em particular para a habitação mantiveram a taxa de juro inalterada, nos 0,8%. Desta forma, respeitam a tendência que se verifica desde agosto de 2020, de a taxa não ultrapassar a fasquia de 1%. Foram emprestados 1261 milhões de euros, menos 124 milhões de euros do que no mês anterior, mas mais 407 milhões de euros em relação ao mesmo mês do ano passado.
O crédito ao consumo foi o menos concorrido. Concederam-se 413 milhões de euros, menos 16 milhões de euros em relação a julho deste ano e um aumento de 50 milhões de euros face a agosto de 2020. Isto, a uma taxa de juro média de 6,66%.
No que diz respeito aos novos depósitos, tanto a taxa média aplicada a particulares como aquela aplicada às empresas se cifrou nos 0,05%, e a maioria dos montantes foi aplicado em depósitos até um ano. “Desde novembro de 2015 que a taxa de juro média dos depósitos de particulares em Portugal se situa abaixo da média da área do euro”, informa o BdP.
No caso das empresas, passa-se o contrário, e pelo menos desde agosto de 2016 que os depósitos em Portugal rendem mais que aqueles na Europa.
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