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04/09/2021
ECONOMIA ATINGE NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA EM 2022

ECONOMIA ATINGE NÍVEIS PRÉ-PANDEMIA EM 2022

Economia vai continuar a recuperar após abalo da crise, mas faltam mudanças profundas, segundo economistas contactados pela Lusa.

Segundo Bruno Fernandes, do Departamento de Estudos do Santander, “mais importante do que atingir os níveis de 2019”, o que deverá acontecer em meados de 2022, é a forma como a economia lá chegará, considerando que os motores do crescimento serão completamente distintos dos que suportaram a recuperação após a crise financeira e das dívidas soberanas.

Agora, a recuperação deverá ser mais forte nos setores de produção industrial e construção e mais lenta nos setores dos serviços, mais impactados pela crise da covid-19, desde logo turismo, afirmou.

Também a economista-chefe do BPI, Paula Carvalho Gonçalves, espera que a “economia continue gradualmente a melhorar, à medida que as restrições vão sendo aliviadas, aproximando-se progressivamente dos níveis pré-pandemia”, suportada também pelos apoios da política orçamental, pela política monetária expansionista e pelos fundos europeus.

O consumo privado e investimento melhorarão, até porque as famílias acumularam poupanças e estão favoráveis quer os níveis de confiança quer o ambiente financeiro, e também as exportações de bens deverão ser positivas. Já a melhora no turismo será de forma mais “gradual”.

Segundo o Montepio, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá atingir níveis pré-pandemia (do quarto trimestre de 2019) no início de 2022.

 

O professor catedrático de economia José Reis também espera que no curto prazo os indicadores económicos melhorem, como PIB, taxa de desemprego, investimento, suportados por mais investimento, quer público quer privado.

Contudo, o também diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra considera que ficam por resolver problemas graves da economia portugueses, caso da “sobrespecialização” a setores de baixa qualificação e baixo valor acrescentado, seja no turismo seja também na indústria.

“Criou-se emprego, mas a vulnerabilidade da economia é muito forte. Há muitas áreas da indústria que são sobretudo de inserção em cadeias de valor internacional, como montagem no setor automóvel, nas bicicletas, no setor elétrico, eletrónico”, afirmou.

Das exportações portuguesas, apenas 55% é valor acrescentado nacional, enquanto em 45% é referente a incorporação de importações, o que leva a que Portugal sempre tenha tido a balança comercial de bens deficitária mesmo quando a balança comercial se equilibrou ou teve mesmo excedentes, afirmou José Reis.

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