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45% DAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS DESEJA MUDAR DE CASA APÓS O CONFINAMENTO
Este é um dos fatores que está também a influenciar a dinâmica dos preços e da procura. Habitações maiores, com melhor eficiência energética, mais luz e com áreas exteriores, são alguns dos critérios indicados pelo estudo da Century 21 Portugal
O impacto provocado pela pandemia de Covid-19 em Portugal mudou o comportamento e perspetiva dos portugueses em relação à sua habitação levando a que 45% das famílias nacionais desejem mudar de casa após o período de confinamento. Este é um dos pontos que faz parte da análise das tendências do mercado e que engloba os resultados do terceiro trimestre da Century 21 Portugal divulgado esta sexta-feira, 12 de novembro.
Esta opção dos portugueses tem entre outros critérios a procura por habitações maiores, com melhor eficiência energética, mais luz e com áreas exteriores, sendo um dos quatro fatores apontados pela rede imobiliária que estão a influenciar a dinâmica da procura e dos preços da habitação em Portugal.
A escassez de oferta de habitação ajustada à necessidade e à capacidade financeira dos consumidores, em várias regiões e segmentos de mercado, o aumento da poupança forçada por parte das famílias portuguesas, em consequência das restrições ao consumo durante a pandemia e as taxas de juro historicamente baixas que geram excesso de liquidez no mercado e que contribuem para estimular o financiamento no crédito à habitação e para direcionar o investimento para ativos imobiliários são os outros três fatores que estão a impactar a dinâmica da procura e dos preços da habitação.
A rede imobiliária assume que se estes fatores não se alterarem, o próximo ano será idêntico ao de 2021, o que levará a uma estabilização global dos valores dos imóveis, mas com subidas expectáveis, mas mais moderadas, dos preços, bem como uma progressão positiva do número de transações.
No terceiro trimestre a Century 21 Portugal registou uma faturação acumulada de 51 milhões de euros, o que representou um crescimento de 57% face ao mesmo período do ano anterior e de 4,5% em comparação com a faturação anual registada em todo o ano de 2020.
Analisando os primeiros nove meses do ano, as transações aumentaram em 40% quando comparado com o acumulado dos três trimestres do ano anterior, tendo atingido os 1,8 milhões de euros. Neste período a rede imobiliária realizou 2.836 negócios de arrendamento, o que significou uma subida de de 53% face às 1.849 registadas nos três trimestres de 2020 e as 11.413 transações de venda, mais 30% que as 8.751 realizadas no mesmo período do ano passado.
Já o preço médio das casas transacionadas pela Century 21 Portugal fixou-se nos 164.229 mil euros em termos nacionais, num aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado.
No trimestre em análise a faturação aumentou 47% para os 19,9 milhões de euros e o volume de negócios atingiu os 748 milhões de euros, numa subida de 44% face aos 520 milhões de euros registados em igual período do ano passado.
Foram registadas 4.405 transações de venda de imóveis, mais 26% do que as 3.508 do terceiro trimestre de 2020, enquanto o preço médio de venda fixou-se nos 169.944 mil euros, a nível nacional, numa subida 14,5% face aos 148.406 mil euros verificados no mesmo trimestre do ano passado.
O arrendamento registou um aumento de 36% nas transações para 1.128, enquanto em 2020 se tinha fixado nas 829, a nível nacional.
Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, refere que “o mercado residencial de apartamentos continua a ser a tipologia de imóvel mais procurada pelos portugueses, com uma subida nacional de 14,5% no valor médio de transação registada no terceiro trimestre de 2021 que foi, sobretudo, influenciada pelos valores dos imóveis vendidos nos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa e do Porto – e também noutras cidades do território português – que estão a registar aumentos de dois dígitos no valor médio dos apartamentos transacionados”.
Por outro lado, o CEO explica que em Lisboa verificou-se uma quebra de 5% no valor médio dos imóveis vendidos na rede Century 21 Portugal, que se fixava nos 321.656 mil euros, em 2020, para os 306.792 mil euros, em 2021.
“Também na cidade de Lisboa constatou-se uma subida da taxa média de desconto, entre o valor inicial de venda e o valor final de transação, de 8% em 2020 para 11%, em 2021, em termos da revisão do preço final. Na diferença entre o asking price e o selling price, registou-se um melhor comportamento de mercado nos concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, e noutras cidades, onde este indicador se manteve estável nos 7%”, afirma.
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